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O CANTO DA COTOVIA

"Tome a resolução de que não será mais afetado pelos problemas, não será mais tão meticuloso, não será mais vítima de hábitos e humores; assim, você será livre como uma cotovia." Paramahansa Yogananda

Lendo esta reflexão de Yogananda, senti vontade de compartilhar o que estou criando cá com os meus botões. Não tenho nenhuma pretensão de chegar a verdades, só abstrações...

A primeira abstração remeteu ao texto de Paul Valéry quando ele diz que "é preciso ser leve como o pássaro e não como a pluma". Leveza é liberdade para mim. Não saberia voar como uma pluma, que o vento leva. Já voar como um pássaro, em harmonia com o vento, com as direções, cantarolando sua música, aninhando-se junto à energia transmutante de uma árvore, ou alimentando os filhotes com sementes da nossa terra, fala muito da tal liberdade. Assim como fala-me muito da mãe que inspira seus filhos a serem um em tudo e em comunhão com o todo e ao mesmo tempo chora e ri com eles após momentos difíceis, compartilhando sua fragilidade (diria até humanidade, risos!).

Para Krishnamurti "a liberdade só existe quando não há confusão dentro de mim". Para o filósofo, é preciso começar com aquilo que está mais perto: nós mesmos. "A grandeza da liberdade, a verdadeira liberdade, a dignidade, a sua beleza, está em nós mesmos quando a ordem é completa. E essa ordem só vem quando somos uma luz para nós mesmos".*

Será que só conseguimos ser leves e sentirmos uma pontinha desta liberdade quando nos libertamos de padrões, condicionamentos, julgamentos? De toda essa memória que muitas vezes nos impede de voar (como os medos e inseguranças que nos paralisam e nos impedem de viver a Unidade!)?

“Extingue-se o dia, mas não o canto da cotovia” - Matsuo Bashô!

Minha mente abstrata já fez várias conexões e achei melhor parar o texto pra meditar e silenciá-la...Volto para terminar o post...Ou não.


* Krishnamurti – Perguntas e Respostas – Ed. Cultrix.

Hari Om!

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